O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, declarou nesta semana que o Brasil poderá enfrentar sanções econômicas por “concorrência desleal” no setor financeiro. O motivo seria o uso e a expansão do sistema de pagamentos instantâneos PIX, que, segundo autoridades americanas, estaria afetando o equilíbrio do mercado global de serviços bancários.
De acordo com a nota divulgada pelo Departamento do Tesouro norte-americano, o PIX — por ser gratuito, acessível e desburocratizado — estaria gerando um ambiente “predatório” para instituições financeiras privadas que operam com tarifas e taxas em transferências internacionais e serviços bancários digitais. A iniciativa do Banco Central do Brasil teria, na visão dos EUA, criado uma vantagem injusta ao abrir mão da lógica comercial tradicional.
“Estamos analisando medidas econômicas para reequilibrar as condições de mercado. O modelo brasileiro, embora inovador, representa uma ruptura que pode impactar negativamente os sistemas financeiros ocidentais”, declarou um porta-voz da Casa Branca.
A ameaça de sanções gerou reações no Brasil. Especialistas em economia apontam que o sucesso do PIX representa uma modernização do sistema bancário, não uma prática desleal. “É inadmissível que um país seja punido por oferecer tecnologia e inclusão financeira à sua população”, afirmou a economista Mariana Diniz.
O Banco Central ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Nos bastidores, fontes do governo indicam que o Brasil poderá recorrer a organismos internacionais como o FMI e a OMC para contestar possíveis retaliações.
Lançado em 2020, o PIX se tornou um dos sistemas de pagamentos mais utilizados no país, com mais de 160 milhões de chaves cadastradas e bilhões de reais movimentados diariamente. A iniciativa já inspira projetos semelhantes em outros países — o que pode explicar, em parte, o incômodo norte-americano.
A tensão reacende o debate sobre soberania digital e autonomia financeira em tempos de globalização acelerada. Para muitos analistas, o embate entre o modelo público brasileiro e os interesses do sistema bancário tradicional poderá moldar o futuro das finanças no século 21.
Matéria em atualização.
Fonte: Portal Rio Branco do Sul
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