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Disputa entre fotógrafos no Jardim Botânico de Curitiba termina em discussão e hostilidade

O fotógrafo André Nascimento, de Paraty (RJ), compartilhou nesta semana um vídeo que mostra o momento em que foi abordado por duas outras profissionais em uma disputa por espaço no Jardim Botânico de Curitiba, um dos principais pontos turísticos da capital paranaense.

Segundo André, o registro foi feito em 19 de junho, durante uma viagem de trabalho pelo país. No vídeo, duas fotógrafas o cercam enquanto ele tenta acessar a área mais procurada do local, na frente da estufa. Uma delas impõe limites e chega a ameaçá-lo:

> “Se você ir lá na frente me atrapalhar, vai dar confusão. E você não me conhece […] Você não faz parte do nosso grupo […] se você ficar revezando comigo, vai dar ruim.”

Conforme a gravação, André rebate afirmando que se trata de um espaço público, e que não podem “monopolizar a parada”, pois todos têm direito de atuar. Ele relata que, embora no início houvesse um revezamento, depois passou a ser impedido de fotografar em frente à estufa.

🚨 Regras para fotos profissionais no local

Em nota, a Prefeitura de Curitiba esclareceu que o Jardim Botânico é uma unidade de conservação, com normas rígidas: é permitida a fotografia apenas para uso pessoal e turístico, mas a prática profissional exige autorização prévia da Curitiba Film Commission por meio do PROCEC.

O equipamento de quem atua com fins comerciais só pode ser usado mediante licença e contrapartida, como doação ao Banco de Alimentos ou DISQUE Solidariedade. Fotografar sem esta liberação é considerado comercialização irregular de imagem, sem permissão, conforme o regulamento municipal.

🤔 Contexto da reclamação de André

André contou que já havia passado por situações similares em Balneário Camboriú (SC) e Gramado (RS), onde competidores locais reclamaram de sua presença. Ele diz que prefere filmar para se proteger de novas ameaças:

> “Quando paro para trabalhar em pontos turísticos, não quero atrapalhar ninguém… a ganância acabou cegando muitas pessoas.”

Ele também lamentou a disparidade no cumprimento das regras:

> “No dia que estou sozinho, não pode. No dia que estão todos os fotógrafos, deixam?”, questiona.

✅ Conclusão

A discussão expõe um dilema comum em espaços públicos turísticos: o conflito entre atuação profissional e regras de conservação. Enquanto profissionais reivindicam o direito de trabalhar, a legislação exige regulamentação para uso comercial em áreas protegidas. Quem visita e fotografa precisa estar atento às normas da autoridade municipal.

Fonte: G1 Paraná