Moradores de Rio Branco do Sul têm manifestado insatisfação com o atendimento no hospital temporário da cidade. Relatos apontam que, mesmo com a unidade vazia, pacientes aguardaram cerca de uma hora para receber atendimento médico.
Em um dos registros enviados à reportagem, um morador relatou que chegou ao hospital às 5h da manhã com a filha com febre e permaneceu até 5h50 para ser atendido. O vídeo encaminhado mostra o local sem outros pacientes aguardando e, no momento da gravação, também não havia funcionários visíveis no setor de atendimento.
Outro morador afirmou ter passado pela mesma situação no Dia dos Pais:
“Meu filho teve febre a noite toda, chegamos no hospital entre 6h15 e 6h20 e fomos atendidos somente às 7h25. Desde que chegamos, não havia ninguém na nossa frente. Inclusive, na hora de fazer a ficha, vi que o último atendimento tinha sido à 0h29. Enviei mensagem à ouvidoria e só responderam que a reclamação foi recebida”, relatou.
Segundo moradores, situações como essas não são isoladas e têm se tornado cada vez mais frequentes, gerando questionamentos sobre a qualidade do atendimento oferecido na unidade temporária.
Expectativa com o novo hospital
O município está em obras para receber o novo Hospital de Rio Branco do Sul, um investimento de R$ 15 milhões – sendo R$ 13,4 milhões do Governo do Estado e R$ 1,6 milhão de contrapartida do município.
A nova estrutura promete ampliar a capacidade de atendimento, contemplando pronto atendimento 24 horas, centro obstétrico para casos de risco habitual, internações clínicas e a realização de cirurgias eletivas de pequeno porte. O hospital deve atender não apenas os moradores de Rio Branco do Sul, mas também de cidades vizinhas como Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Tunas do Paraná – somando cerca de 100 mil habitantes.
Além disso, o novo espaço terá centro cirúrgico e suporte para exames e consultas de urgência e emergência, um avanço para a região que hoje depende de estruturas limitadas.
População cobra melhorias
Enquanto a expectativa pelo hospital definitivo cresce, a população reforça que a qualidade do atendimento precisa ser priorizada desde já. Para os moradores, “para ser bom no hospital grande, primeiro é preciso garantir qualidade no pequeno.”
A reportagem reforça que a comunidade espera ser ouvida pela Prefeitura e pela Secretaria de Saúde, e que as críticas têm caráter construtivo, visando melhorias no serviço prestado à população.
Fonte: Portal Rio Branco do Sul
